domingo, 19 de setembro de 2010

Decifrando os homens - Parte I

Não posso deixar de contar aqui um causo que ocorreu trodia com uma amiga minha.

Vou preservar as fontes - porque esse blog é amador mas não deixa de ser ético, ok? Então chamaremos nossos personagens de Maria e José. Colocaremos uma batata na boca de cada um para distorcer a voz. E tudo que poderão enxergar a partir de agora, na mente de vocês, é um vulto preto atrás de um pano branco.

Enfim, prossigamos.

Maria teve um caso com José num passado distante. Eles nunca namoraram, mas ficaram juntos por dois anos. Rolava principalmente sexo e quase nada de companheirismo. Maria, coitada... apaixonada pelo moço mal via o tamanho da vala que estava entrando. Até que um dia ela acordou do sonho e pulou fora daquele pesadelo. Antes tarde do que nunca. Maria enfim havia deixado José para trás.

Ele, insistiu bastante no começo. Ela, como toda mulherzinha, teve algumas recaídas nos momentos de carência. Até que em um deles olhou pro lado e pensou “o que eu to fazendo aqui?”, e nunca mais voltou lá.

Pausa pro desabafo: - Mulher carente, a gente se vê por aqui. Por favor nos prendam em casa quando perceberem um mínimo sinal de carência. Grata, Leda.

Continuando.

Depois desse dia Maria e José nunca mais se viram. Apesar dele ainda a procurar pra transar (ahhh, tenha dó, né?) ela nunca mais teve que curar sua carência com José e assim se passaram longos anos.

Até que em um belo sábado, Maria entra no MSN e se depara com uma janelinha de José piscando laranja, toda linda. Ela abre e encontra um José diferente. Ele a elogia, diz que é uma mulher maravilhosa, linda, cheirosa, inteligente e que se veste bem. Maria quase acredita, mas acha engraçado. Afinal José nunca teve coragem de falar aquelas coisas pra ela, enquanto os dois ainda tinham algum tipo de relação.

HOMENS, HOMENS.

Até que o mais inesperado acontece. José chama Maria pra ir no CINEMA. Ela mal podia acreditar no que seus olhos liam naquele momento. Não que seu coração tivesse batido mais forte, ou algo do tipo. Ela só não esperava tal convite. Mas, enfim, agradeceu educadamente, deu qualquer, desculpa e recusou.

Em seu íntimo Maria ficou ATÉ feliz.
José finalmente teria mudado? Teria ele visto que Maria era realmente uma mulher pra pegar na mão e levar no cinema? Estava ele dando o devido valor que ela merecia? Ou talvez tentando a reconquistar?

Nada disso.

3 dias depois – repetindo em capslock pra não deixar dúvidas: TRÊS DIAS depois do ocorrido, Maria entra no facebook e pro seu espanto lê: ‘José is in a relationship’

Oi?

Maria riu.

Riu compulsivamente porque não há nada mais pra fazer ao se deparar com algo tão lamentável quanto isso.

Como um homem consegue chamar a ex pra ir ao cinema, com segundas, terceiras e quartas intenções, três dias antes de começar um namoro? Não havia motivos pra ele a procurar; será então que ele queria fazer uma despedida de solteiro?

Porque, olha, sinceramente, nós mulheres estamos tão envolvidas três dias antes de começar um namoro que não queremos nem ir na PADARIA acompanhadas de um ex - que dirá no cinema.

Pra deixar claro, a gente não acha um absurdo o fato dele ter começado a namorar. Pelo contrário, desejamos toda a felicidade ao novo casal. Só gostaríamos de entender porque procurar a ex antes de começar um namoro! Só isso. Qual motivo; pra que cineminha; pra que sexo-zinho?

Quem explica? Tem explicação?

Homens, dá próxima vez nos deixe dormir sem essa, ok? Nós agradecemos.



Conclusão do caso: o “Quer ir no cinema comigo?” é o novo “Vamos dar uma?”.

Sentidos

Venho me sentindo...
Perdida,
Certamente desprotegida
Seca,
Nas palavras, nas ações
Sozinha,
Em meio a multidões
Vazia,
Um vazio CHEIO de sentido
Que bom,
O vazio nasce para ser preenchido