sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A estoria de TPM do mes

Mais uma vez, mais um mes.
Sempre igual.

Como de costume meu peito doi, minhas costas doem, minha cabeca doi. Eu me sinto carente e o ultimo ser humano do mundo.

Acordo ja’ irritada, com a habitual vontade de fazer xixi – isso acontece todos as manhas, mas quando estou na TPM tal fato me deixa a ponto de xingar qualquer um que ousar me desejar bom dia.
Creio que quando eu estou na TPM eu me irrito com qualquer coisa, qualquer comentario, qualquer conversinha paralela, qualquer pessoa.
Nessa epoca tudo se intensifica de tal maneira que tudo que me irrita calha de vir ate' mim. Eu sempre encontro (seja no msn, no banco, na padaria...) aquele ser que me irrita muito - Sabe aquelas pessoas com o tipico papinho de taxista? Daquele tipo que gosta de discutir politica so’ para discordar de voce. Entao, essas. As mais chatas.
Dessa vez o encontro foi na fila no Mercado – o que nesse caso e’ um agravante, ja’ que quando a tal pessoa que me irrita chegou eu ja’ me encontrava irritada por causa da fila.
Definitivamente nao tem lugar pior pra voce encontrar alguem irritante do que uma fila. Outro agravante e’ que voce nao tem para onde fugir. Voce vai fazer o que? Fingir que desistiu de esperar? Fingir que precisa correr porque esqueceu a panela de arroz no fogo?
Nao, nao. Qualquer desculpas dessas, acarretariam uma irritante explicacao.
Melhor encarar de frente a fila e o chato. Papo vai, papo vem, eis que o cartao do cliente da frente nao passa! Penso: agora fudeu! Eu tentando entender o problema a frente e a pessoa nao para de falar. Minha cabeca da um no. Meu sangue vai esquentando...
A caixa com toda calma do mundo tenta insistentemente passar o cartao umas 10 vezes, no minimo, e nada. Depois, com mais calma ainda chama a gerente que, com a lerdeza tipica de todo gerente de Mercado, demora seus bons minutos para chegar. Meu sangue ferve! Mas eu estou concentrada. Destinada a encontrar a paz de espirito dentro de mim. Disposta a exercitar todas as minhas respiracoes que aprendi na Yoga.
Enfim, tudo resolvido. Eu, salva, passo as minhas compras e as pago com um cartao que funciona. Estou pronta para seguir aliviada para casa, quando o chato me pede pra esperar. Gente, esperar pra que? Se eu ja’ estava esperando com ele muito tempo a fila andar. Maaaaaaaaaaaaassss, para que eu nao parecesse antipatica, me esforcei para fazer esse social. Aproveitei e pensei que mais 5 minutos nao iriam fazer diferenca. Agora adivinhem voces o porque ele me fez esperar mais…

…So’ para me dizer tchau!

Ai, eu mereco viu?!

Em cima do piano tem um copo de veneno

Tem gente que tem veneno. O pior. O mais forte. O mais perigoso.
So’ que ele nao mata, pelo menos nao a mim. Ele so’ faz mal para quem produz.
Quando escuto algum comentario maldoso, quando sinto algum sentimento ruim vindo de alguem, penso que nada deve ser pior no mundo do que ser uma pessoa ma.
Acreditem, pessoas mas existem, e nao e’ so’ na novella das oito.
Por mim, muitas vezes, passa desapercebida a maldade intriseca alheia. Prefiro acreditar que estou enganada e que o mundo nao pode ser assim, uma novella do Manoel Carlos. Mas a vida tem seus viloes e mocinhos e pelo menos nessa encarnacao eu vim como a mocinha da historia – e faco meu papel muito bem, obrigada.
Mesmo acreditando que o mundo e’ muito cruel as vezes, eu nao canso de lutar pelas coisas certas. Nao canso de ser correta nos meus atos e pensamentos e acreditar que um dia todas as pessoas vao ser honestas nas suas acoes e sentimentos.
Enquanto isso nao acontece, eu continuo treinando o meu exercicio diario de ouvido. Aquele em que as palavras de outrem entram por um lado e saem pelo outro sem penetrar na sua mente e coracao.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O doce riso do apego




Rir e’ bom, rir junto com alguem e’ perfeito.

Certa vez ouvi que para viver melhor no exterior voce tem que se apegar a alguem. Isso, apesar de verdade, pode parecer estranho para muitos de voces, ja’ que o que escutamos aos quarto quantos (Principalmente no canto do budismo) e’ extamente o contrario; treinar o desapego.
No meu caso resolvi tentar e segui os conselhos desse alguem. Posso adiantar que poder rir todos os dias com alguem, e' o melhor remedio que existe.



A primeira que chegou em meu coracao foi a Na, minha Galeguinha. Costumam tambem chama-la de Natalia, mas pra mim ela e’ so’ a galega made in Paraiba.
E’ do tipo do doce, muito doce. Natural, sem conservantes. E’ pura e sem maldade. E’ branquinha mas cheia de cor. Tem um gosto de fruta fresca mas forte; meu moranguinho do nordeste. Mas para nao ser tao brega, ela pode ser uma jabuticaba, pequenina, com sabor de quero mais.
Tenho vontade de abracar e de cuidar pra sempre. Sei que ela e’ mais adulta do que posso pensar e que nao precisa tanto dos meus cuidados. Mesmo assim, faco questao de me deixar a disposicao. Ela sabe que quando precisar nao precisa falar. A mim me basta apenas um olhar.
A Carol foi a segunda a entrar aqui. Ela chegou no meu coracao sem bater na porta. Entrou, sentou, pediu um suco de laranja e comecou a conversar. Percebi como temos coisas em comum, nao consigo ao menos contar.
Sua impaciencia descompassada; a vontade de ser feliz a todo custo; o impulso de viver a vida, esticando a beira de tudo. Ela tem um espirito de vida incrivel. Na bagunca do seu quarto, percebo como sua mente e coracao querem se organizar.
A pequena Cazita e’ muito grande em seus sonhos e desejos, e sua altura e’ o suficiente para que ela possa alcanca-los.

As minhas pequenas meninas sao lindas.
As minhas pequenas meninas sao minhas.

Sao meu sol num dia nublado, meu alivio no meio de uma sensacao ruim.
As vezes num dia de azar, percebo que sorte mesmo e’ ter alguem do seu lado para o que der e vier. Elas estao sempre la, sempre aqui.

Obrigada por existirem pra mim. Obrigada por tudo que vivemos e por tudo que iremos viver.
Meu riso e’ mais doce quando estou com voces.