quinta-feira, 23 de julho de 2009

Infidelidade na Marginal

Mais um conto para a sessão: Crônicas do dia-a-dia comum.
Essa faz parte das histórias da minha vida real, mas que nem eu mesma acredito.
Minha amigas costumam dizer: “Tudo acontece com você, Leda” É, concordo. Digo mais: tudo de ESTRANHO acontece comigo. Mas é engraçado.


Todo mundo sabe que paquerar no trânsito é absolutamente normal. Uma olhadinha pelo retrovisor, uma buzinadinha, um aceno e... para por aí. Ou não.
O que me aconteceu ontem foi totalmente atípico. Inerte a um trânsito de quilômetros percebi que o motorista da frente me paquerava. Achei engraçado, mas, em suma, nada demais. Fiquei com vergonha, dei uma risadinha e pronto. Achei que parava por ali, mas não. Ele não desistia, queria meu telefone de qualquer jeito. Claro que eu não ia dar. Pensei em fugir, mudar de caminho. Mas pra onde? Por onde? Mudar de faixa seria pior – emparelhar os carros poderia ser triplamente constrangedor. Estava realmente atada pela hora do rush. Ele tentou, então, uma investida através do vendedor de bala. Acreditem se quiser... VERGONHA. Mais uma vez falei que não daria meu telefone e propus, já que a insistência era tanta, para que ele me desse o dele – tudo isso através de gestos, cada um no seu carro. Foi então que, para minha surpresa, ele mostrou uma aliança DOURADA no dedo. Entendi que por tal fato eu não poderia ligar pra ele, óbvio! Mas quem disse que eu ligaria? Genteeeeee, ME POUPE, NÉ?!
Não que isso não seja “normal” nos dias de hoje (super hiper mega infelizmente). Mas infidelidade até no trânsito? A mulher dele acha que ele ta indo pra casa depois de um dia cansativo de trabalho e ele planejando traí-la, “caçando” mulher no carro ao lado, super disposto por sinal. E o que é pior, provocando e forçando situações... shame.
Achei o cúmulo do absurdo. Passei. Emputeci. Desculpa as palavras grosseiras, mas é verdade. Penso: Até onde vai a infidelidade masculina? Eu fico indignada com essas coisas. E sabe o que é pior? Ainda acham que é bonito fazer isso.
Comigo não. Co-mi-go NÃO. Não aceito, não cedo. Não quero ninguém que seja de outra pessoa. Não nasci para ser a outra e pretendo nunca desta água beber. Até porque não preciso disso – graças a Deus! Na verdade acho que nenhuma mulher precisa, mas para quem quiser, oportunidade não irá faltar.

Enfim, só um desabafo para dizer que eu prefiro anos de solidão a ser a segunda opção de alguém.

NÃO, NÃO E NÃO.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Faz de conta que tem sol lá fora

Tenho que confessar: amo os dias cinzas, chuvosos, cheio de nuvens carregadas. Assim, como já diz no meu perfil, amo mesmo – sem ter medo de ser feliz. Pra uns podem soar como dias feios e sem cor, pra mim são dias lindos e extremamente aconchegantes.
Dias tais como estes colocam meu ‘eu interior’ pra funcionar. Fico, então, matutando sobre a vida entre uma página e outra da Época. (Troquei a Veja pela Época. Fica aí a dica pra vocês experimentarem também).
E sabem, me peguei imaginando um gigante sol quente e reluzente, batendo na minha janela, esquentando meu travesseiro, com direito a aqueles pozinhos que ficam no feche de luz, e que a gente só vê nessas situações. Sabem quais são?

Nesse feche de luz viajei e me transportei pra um passado muito, muito distante.

As vezes a gente para pra pensar e quer voltar atrás, refazer a história, mudar o final. Mas na realidade, que final?! Se ainda nada se acabou. O que se foi foram coisas, pessoas, situações, que, oras, deveriam ir. E acredito muito que tudo vale a pena... Tem até a continuação que diz: “... quando a alma não é pequena”. E é assim que tem que ser. A minha alma, que é grande, sabe e sempre me diz “Leda, é isso aí!”.
Agora não me venha você ficar remoendo passado, ficar dizendo o que foi ou o que poderia ser. Foi e se foi. Eu gosto assim. Errar todo mundo erra e por mais que alguns, um dia, tenham dito que eu chego perto da perfeição... não, eu não concordo. Isso está muitíssimo longe de acontecer. Adoro ser essa humana que erra, mas que, acima de tudo, aprende com os tropeços que dá. Eu não costumo tropeçar na mesma pedra. Bom, pelo menos eu tento. Juro que tento desviar, mudar o caminho, a direção. E admito que as vezes é muito difícil, muito muito muito muito muito MUITO mesmo.
Bom, na verdade quero deixar registrado aqui – pra mim mesma, porque na verdade ninguém sabe ao certo do que eu estou falando – que não foram erros, foram escolhas. E eu as faria novamente, porque tudo foi tão deliciosamente vivido com aquela intensidade de que gosto e que tanto tenho gosto.
Vou te falar, não tenho medo do futuro. Muito pelo contrário, me anseio por ele. Porque eu, eu vou com tudo – e pra ganhar, acertar, segurar o troféu no final. Se por ventura não for assim, acontece, faz parte da vida e todas aquelas outras lamentações que seguem uma derrota, ou coisa do tipo. Tinha que ser assim? É, tinha. De qualquer maneira não deixo de ir, de tentar, de lutar. Sempre convido, aos que quiserem, embarcar na minha vida, ajudar a construir a minha história.

Tem uns que perdem o ritmo, ficam pra trás, desistem. So sorry, but bye bye, see you later on. Eu tenho que seguir.

Continue no faz de conta de que sempre faz sol lá fora.

E assim segue a vida.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Roselinda

Esse texto é pra falar de uma pessoa linda. O nome dela é Roseli. Para alguns, Lili. Para mim, simplesmente Li.

É só olhar para dentro daquele olhar castanho e acreditar que amanhã vai ser melhor que hoje. Sempre foi assim. Naqueles olhos aprendi a ter esperança. Disso nunca vou me esquecer.
Quando estou ao lado dela, tenho a impressão de que nada de ruim pode me atingir. Por isso acho que nunca gostaria de sair de lá - de dentro do seu quarto quentinho, aconchegante, com aquele toque de fé em Deus pendurado na parede.

Adoro os momentos de colo, das conversas em baixo da coberta, dos pés gelados se encontrando, das risadas, das brincadeiras e dos papos sérios, cabeça. Aliás, que saudades dos cafunés, conversas noturnas na cozinha, conselhos, cheirinhos.

Acho tão lindo o jeito dela ser. Aquele jeitinho carente, meio sensível. Que sente, chora, diz que ama, abraça e dá beijo. Aquele jeito mãezona. Eu amo quando faz comida só pra mim, quando diz que comeu lentilha e lembrou-se de mim, quando faz buchada e, sabendo que eu odeio, frita bife de frango. Eu amo e sempre amarei as noites de pizza, as brigas pra escolher o sabor, e ela roubando as minhas casquinhas. Ganho dia quando vejo a alegria dela ao me ver, quando ganho aquele abraço mais que apertado, mais que carinhoso, mais que amoroso.

Na verdade eu amo saber que ela me conhece, que me reconhece, que pensa em mim. Mesmo que seja num momento corriqueiro do dia-a-dia, comendo lentinha, vendo uma foto, escutando um música... vendo um carro preto na rua... ou simplesmente ao pensar... sem motivo.

Por um instante ou pela eternindade.

As vezes é péssimo estar longe, de corpo. Mas sei que nossas almas estão e estarão sempre unidas. Sei, bem no fundo, que nossos pensamentos sempre se cruzam durante o dia. Vezes madrugada. A gente se encontra nos sonhos, nos bonequinhos no Orkut, no bibelô da sala, nos papos de horas ao telefone. A gente se encontra num olhar, num simples sorriso, num simples pensar.

Eu levo a minha Li pra onde eu for. Vou andando, sentindo sempre o seu cheirinho... Porque ela é tão minha, que não quero dividir com ninguém. Sim, estou sendo egoísta e possessiva. Mas só porque essa mulher é um bem divino que Deus me deu. A quem dedico meu amor. Um amor de mãe. E eu só tenho duas donas para esse amor. Sempre será assim.

Não gosto de vê-la triste. Não gosto nem de pensar que algo está deixando-a para baixo. Eu não deixo. Luto pela minha Li. Faço o que preciso for. Sempre estarei ao lado daquela que também sempre estará ao meu - eu tenho certeza disso. Somos cúmplices, mais que amigas. Por isso, faço tudo pra ver aquele sorriso brilhando só pra mim.

Obrigada também por brilhar ao ver um sorriso meu. Obrigada por vibrar por mim, por colocar flores coloridas em meu caminho...


Li, eu te amo.
E seguro sua mão até o fim.