quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eu vou


Eu tinha esquecido de que ser feliz era fácil. Tinha até me esquecido que viver é tão bom.

Por isso, vou sair por aí...

Vou cantar alto no carro e parecer uma louca. Vou chupar picolé de uva e deixar cair na minha blusa branca. Vou tropeçar na rua e rir de mim mesma. Vou perder mais 134908 saltinhos dos meus sapatos. Vou trocar as palavras. Vou dizer que a Ilha do Mel fica em Santa Catarina. Vou ficar vermelha de vergonha. Vou escrever ideia com assento. Vou ficar na dúvida se é assento ou acento. Vou ficar bebada e te ligar. Vou perder a chave de casa. Vou esquecer de tudo. Vou ficar feliz ao receber uma mensagem e depois descobrir que era da VIVO. Vou ficar de TPM e assaltar a geladeira de madrugada. Vou ficar ansiosa e passar mal. Vou fazer mais trocentos regimes e desistir de 90% deles. Vou começar a academia e faltar 4 vezes na semana. Vou jurar que no domingo vou andar de bicicleta no Ibirapuera. Vou comer açaí de madrugada e achar que sou light. Vou dormir tarde contando todos os detalhes do meu dia pra você e ficar com sono no outro dia. Vou chegar atrasada e levar bronca do chefe.

Vou fazer milhares de planos, vou pensar em tudo, vou tentar fazer todos, vou realizar só alguns...

Mas vou sair por aí... sendo feliz de verdade.

domingo, 3 de outubro de 2010

Últimas passagens

Ganhei aquele caminho, comprei aquela passagem e assim tudo começou. Meio por acaso, por conta do destino. Foi covarde, foi largado, foi de uma maneira preguiçosa. Sem vontade, sem luta, meio sem amor demais. Eu fui e voltei com a esperança de que o amanhã pudesse ser diferente. Mas ela não foi a última a morrer. Até pensei que tudo poderia ter sido apenas um sonho ruim, mas não. O que me aguardava de braços abertos, num dia cinza, era a dura realidade. Pouco convidativo. Frio. Estático. Seco. Terminal. Eu continuei firme e chorei forte. Sofri suave. Tive medo. Me perdi em mim. Afundei. Aprofundei. Atirei. Argumentei. Afastei. Me alimentei. Num dia qualquer, me achei. Jogada num canto vazio, oca. Me preenchi e parti. Tropecei em várias pedras no caminho, mas em nenhuma pude me recostar. Pena. Todas sujas ou afiadas demais pra mim. Pena de novo. Por um momento quis tanto descansar. Algo me disse que não poderia parar. Segui. Em cada tropeço temi errar o caminho. Foram muitos até chegar aqui. Em todos eles errei, por isso vivi. Me joguei, por isso cai. Então vivi, por isso errei. Viver é errar. Cair é levantar. Aprendi. Sacudi. Dei a volta. Saí por cima. Sou feliz por todos os erros que cometi. Gosto deles. Não estou me escondendo por aí. Tô aqui, ali, mostrando a cara - limpa. Sou o que sou. Tô nem aí pro que dizem. Tô tocando o foda-se e a vida. Tocando na casca de ferida. Na minha, na sua, na nossa. Juntas, veias e sangue. Pulsa um coração. Que é visceral. É carnal. De carma e de carne. Vermelho. De verdade. Intenso. O Caminho é (in)certo. E o destino, quem sabe? A gente desconfia. Joga com o tempo, com o acaso. Vai brincando. Enrolando. Esticando a vida até onde dá. E dá vontade de voltar ao começo de onde sei. Mas do caminho me esqueci. No amanhã, pouco penso. Do ontem, pouco me lembro. Só me vejo no agora. O que sobra, apagado está. Cada passo dado é o ponto de onde parti. Passagem que fica fixa. Sem ponto final. Pouco teve um começo. Vamos partir do meio. Quero uma história atemporal.

domingo, 19 de setembro de 2010

Decifrando os homens - Parte I

Não posso deixar de contar aqui um causo que ocorreu trodia com uma amiga minha.

Vou preservar as fontes - porque esse blog é amador mas não deixa de ser ético, ok? Então chamaremos nossos personagens de Maria e José. Colocaremos uma batata na boca de cada um para distorcer a voz. E tudo que poderão enxergar a partir de agora, na mente de vocês, é um vulto preto atrás de um pano branco.

Enfim, prossigamos.

Maria teve um caso com José num passado distante. Eles nunca namoraram, mas ficaram juntos por dois anos. Rolava principalmente sexo e quase nada de companheirismo. Maria, coitada... apaixonada pelo moço mal via o tamanho da vala que estava entrando. Até que um dia ela acordou do sonho e pulou fora daquele pesadelo. Antes tarde do que nunca. Maria enfim havia deixado José para trás.

Ele, insistiu bastante no começo. Ela, como toda mulherzinha, teve algumas recaídas nos momentos de carência. Até que em um deles olhou pro lado e pensou “o que eu to fazendo aqui?”, e nunca mais voltou lá.

Pausa pro desabafo: - Mulher carente, a gente se vê por aqui. Por favor nos prendam em casa quando perceberem um mínimo sinal de carência. Grata, Leda.

Continuando.

Depois desse dia Maria e José nunca mais se viram. Apesar dele ainda a procurar pra transar (ahhh, tenha dó, né?) ela nunca mais teve que curar sua carência com José e assim se passaram longos anos.

Até que em um belo sábado, Maria entra no MSN e se depara com uma janelinha de José piscando laranja, toda linda. Ela abre e encontra um José diferente. Ele a elogia, diz que é uma mulher maravilhosa, linda, cheirosa, inteligente e que se veste bem. Maria quase acredita, mas acha engraçado. Afinal José nunca teve coragem de falar aquelas coisas pra ela, enquanto os dois ainda tinham algum tipo de relação.

HOMENS, HOMENS.

Até que o mais inesperado acontece. José chama Maria pra ir no CINEMA. Ela mal podia acreditar no que seus olhos liam naquele momento. Não que seu coração tivesse batido mais forte, ou algo do tipo. Ela só não esperava tal convite. Mas, enfim, agradeceu educadamente, deu qualquer, desculpa e recusou.

Em seu íntimo Maria ficou ATÉ feliz.
José finalmente teria mudado? Teria ele visto que Maria era realmente uma mulher pra pegar na mão e levar no cinema? Estava ele dando o devido valor que ela merecia? Ou talvez tentando a reconquistar?

Nada disso.

3 dias depois – repetindo em capslock pra não deixar dúvidas: TRÊS DIAS depois do ocorrido, Maria entra no facebook e pro seu espanto lê: ‘José is in a relationship’

Oi?

Maria riu.

Riu compulsivamente porque não há nada mais pra fazer ao se deparar com algo tão lamentável quanto isso.

Como um homem consegue chamar a ex pra ir ao cinema, com segundas, terceiras e quartas intenções, três dias antes de começar um namoro? Não havia motivos pra ele a procurar; será então que ele queria fazer uma despedida de solteiro?

Porque, olha, sinceramente, nós mulheres estamos tão envolvidas três dias antes de começar um namoro que não queremos nem ir na PADARIA acompanhadas de um ex - que dirá no cinema.

Pra deixar claro, a gente não acha um absurdo o fato dele ter começado a namorar. Pelo contrário, desejamos toda a felicidade ao novo casal. Só gostaríamos de entender porque procurar a ex antes de começar um namoro! Só isso. Qual motivo; pra que cineminha; pra que sexo-zinho?

Quem explica? Tem explicação?

Homens, dá próxima vez nos deixe dormir sem essa, ok? Nós agradecemos.



Conclusão do caso: o “Quer ir no cinema comigo?” é o novo “Vamos dar uma?”.

Sentidos

Venho me sentindo...
Perdida,
Certamente desprotegida
Seca,
Nas palavras, nas ações
Sozinha,
Em meio a multidões
Vazia,
Um vazio CHEIO de sentido
Que bom,
O vazio nasce para ser preenchido

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quero jogar

Estou brincando de adivinhar os pensamentos de Deus;
Estou brincando de adivinhar o meu futuro;
Estou fingindo que entendo todos os últimos acontecimentos;
Estou montando o quebra-cabeça sem, ao menos, ter todas as peças;
Estou lendo páginas em branco;
Estou tirando meu tarot, lendo meu horóscopo, vendo em qual planeta a lua está;
Estou contando todas as estrelas do céu, esperando que uma caia bem aqui;
Estou com um baralho em minhas mãos mas todas as cartas são coringas;

Cadê o rei? O valete? O 3 de paus?
Alguém blefou.

Estou conversando com Deus, pedindo sinais pra esse jogo.
Não quero chegar no fim do tabuleiro.
Só quero saber as regras.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Vou ali e já volto

Vontade enorme de não falar nada. Silenciar.
Mas eu, com essa mania de me contrariar em tudo, teimo em falar, falar, falar.
Falo sem parar, sem pensar, sem pestanejar.
Falo pra ninguém e pro nada.
Sem razão, sem saber porque, nem pra que.
Nem eu aguento mais me ouvir. Nem eu tenho mais paciência.

Mesmos discursos, mesmas reclamações, mesmas coisas.
Mesma mania de achar que sou a dona da razão.
Sempre, sempre.

Falo, quando deveria calar. Calo, quando deveria dizer.

Queria desaparecer.

terça-feira, 25 de maio de 2010

To bless

ontem uma GRANDE amiga minha, uma das melhores, veio aqui em casa.
Contou da sua felicidade, do seu amor, do seu sonho que se realizará em pouco tempo.
Me mostrou os pequenos e delicados detalhes. detalhes que fazem parte da personalidade mais delicada, dedicada, perfeitinha que conheço. tudo tão lindo, tão dela.

Ela vai se casar. enfim, como sempre quis:
de branco, com daminhas, valsa, lembrancinhas - LINDAS, convites... cada detalhe é tão Marina, tão leve, tão delicado, pensado. tudo é como um dia ela imaginou. e é, realmente, um sonho, desses que parecem mentira de tão especiais.

mas parte desse sonho também é meu.
meu porque ontem a Marina me enganou direitnho. fez a surpresa mais linda que eu já tive em toda a minha vida. e eu adoro surpresas, principalmente das que são realmente inesperadas e nos deixam totalmente sem ação. foi da maneira mais linda que ela me convidou pra ser madrinha dessa união que tanto admiro.

durante todos os anos que eu a conheço, sempre só desejei uma coisa: ver a felicidade que vi ontem naqueles olhos que brilhavam e sorriam pra mim, sem precisar falar nada. é tão claro que ela vive a fase mais linda, mais feliz, mais inesquecível da vida dela. não precisa de mais nada. só olhar pra ela e entender tudo. entender que ela, além de encontrar seu alguém também se encontrou.

só sei que eu fiquei nervosa, fiquei emocionada, fiquei feliz. muito feliz. e pra variar eu chorei. tá, tá, eu sei que isso não é novidade porque eu sempre choro. já sei. mas esse foi um choro especial e ela sabe bem o porque. e vocês, se já tiverem sido a madrinha de uma grande amiga, também me entenderão.

AMAR.rina

Esses dias eu estava reparando, pensando, como eu queria ser um pouco Marina.
Um pouco linda, como a Marina.
Um pouco compreensível, como a Marina.
Um pouco sonhadora, como a Marina.
Um pouco certinha, como a Marina.
Um pouco romântica, como a Marina.
Um pouco cuidadosa, como a Marina.
Um pouco delicada, com a Marina.
Um pouco maleável, como a Marina.
Um pouco inteligente, como a Marina.
Um pouco racional e emocional, ao mesmo tempo, como a Marina.

As vezes queria ser Marina. só porque ela é a pessoa mais linda que eu conheço. sei que é clichê, mas se tem alguém que exemplifique a expressão "linda por dentro e por fora", esse alguém é ela.

sei que todas as suas ações transbordam amor e, principalmente, carinho. e que já não sei mais viver sem esse carinho. me espelho. me orgulho por fazer parte da vida dela. por tê-la do meu lado. por poder pegar o rádio a qualquer momento e escutar aquela voz de criança, doce, falando: "oi, Pretáááá" assim, com acento agudo no 'a'. Aliás, foi ela que me ensinou a pontuar a frase assim, com vírgula depois do 'oi'. Aliás de novo, pensando bem, não é tão simples falar com ela não. ela quase nunca me atende no momento que eu ligo, isso é fato, mas também é o que menos importa. a gente pode ficar um ano sem se falar, sem se ver. só não posso ficar nem um minuto sem senti-la. e isso nunca aconteceu. ainda bem!

Marina e eu temos um pacto. mas a gente nunca prometeu nada, nem juramos, nem combinamos absolutamente nada - nunca. mas vivemos muitas fases. fases que ficamos distantes. que brigamos. que discutimos. que discordamos. fases em que não nos falamos. mas em todas essas fases, TODAS mesmo, nunca deixamos de nos amar - mesmo que isso tenha ficado em segredo, que não tenha sido falado, escancarado. isso é o que eu chamo de amor verdadeiro. o que não prende, o que não força, o que discorda, o que briga, o que faz as pazes, o que fica longe e depois perto, mas principalmente o que aceita as diferenças... eu amo a diferença que temos, mas amo mais as semelhanças. e é, principalmente, pensando nelas que a cada dia escrevemos nossa história, nossa amizade. nosso pacto, na verdade, é só um olhar - marejado, cheio de lágrimas felizes, de emoção.

então, está escrita mais uma parte da nossa história... e é apenas o começo.


*
Má, obrigada.
eu te amo.
e estou feliz pela sua e pela nossa felicidade.


p.s. vou precisar usar uma make toda a prova d'água, porque imaginem que eu vou chorar POUCO nesse casamento, né? e madrinha com rímel borrado não pódchy!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Memória de Família


Casamento de Titia, Madrinha. Minha Mainha. Vestido branco, arranjo de flores na cabeça. Sem véu, nem grinalda. Painho colocando as alianças, com seu mustashe que reluz na cópia em negativo. um must.

Vôvo e Tio Ari estavam felizes. Fizeram uma apresentação de slides com vários dizeres. Um deles eu resgatei. Olha ele aí, letra deles mesmo. Há 30 e poucos anos, no túnel do tempo.


Vôvo e Joana Paula - no carrinho (não sei se dá pra ver). Quanto amor e quanta saudade.


Roseira de vovó, nas mãos de Joana Paula ou Antonio Roberto - primos-irmãos queridos e muito amados. E ao lado Lua de Mel de Mainha e Painho (traduzindo: Madrinha e Padrinho) em algum lugar muito bonito e florido. Não parece a mesma foto?



Primeiro carro de Mamãe. Um fusquinha azul, em meados dos anos 70. Intervenção urbana e vintage. E Neni, em meados de 2010 - porque ela também é da Família. Acá a semelhança linda que Deus nos Deus.

Fim, por hoje..



*Foto cologem na revelação. Slides e Negativos. By me. Lê; Lêle; Ledinha; Nega; Preta.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sandro

Há duas semanas assisti o documentário “Ônibus 174”.
Se você não assistiu, recomendo fortemente. Esse texto fará mais sentido se você tiver visto as mesmas coisas que eu.




Resumo

Pra quem não sabe o ônibus 174 foi sequestrado em 12 de Junho de 2000, no Rio de Janeiro. Sandro Barbosa do Nascimento, o “bandido”, ficou cerca de 5 horas dentro do ônibus ameaçando reféns e exigindo mil reais e uma granada. Tudo foi filmado e transmitido ao vivo pela TV. No final: duas trágicas mortes. Geísa, umas das reféns morreu vítima de uma falha dos policiais que erraram a mira do tiro. Sandro sobreviveu mas foi asfixiado e morto pelos policiais a caminho da delegacia.


Sandro, o bandido

Analfabeto. Carioca. Brasileiro. Morador de favela. Pai desconhecido. Quando criança assistiu o assassinato da mãe que foi esfaqueada GRÁVIDA. Foi morar com a Tia, sabe lá em que condições; sabe lá com que boa vontade da parte dela. Fugiu. Virou morador de Rua. Foi um dos meninos da Candelária - presenciou a chacina. Foi preso várias vezes na Febem (mesmo assim continuou sem saber ler e escrever). Viciado em drogas – cola, crack, cocaína. Roubava para manter o vício. Depois de atingir a maior idade foi preso mais algumas vezes. Sobreviveu, até então.


Vítima da própria história

No documentário, que hora mostra cenas do dia, hora depoimentos (das vítimas,psicólogos, policiais e familiares), é enfatizada a história do bandido.
Quero deixar claro que a minha intenção não é defender bandidos, nem dizer que Sandro era bonzinho. Mas eu o entendo, como pessoa. E não, NÃO entendo o que ele fez naquele dia, nem pra que – acho que isso não tem explicação. Mas compreendo seu sofrimento e a vontade de se tornar – pelo menos um dia – o personagem princiapal de alguma história. E ele conseguiu. Virou até protagonista de filme.

Tenho que confessar que passei mal e chorei o final de semana todo pensando em quantos Sandros eu encontro pela rua TODOS OS DIAS. Em quantos Sandros me pedem dinheiro na farol e quantos deles estão fadados a um triste fim.

Porque? Porque a vida tem que ser assim? Tão injusta, tão fria e tão cruel para algumas pessoas. Que coisa mais sangrenta a desigualdade social. Isso me revolta. Eu não queria que todo mundo fosse rico, não. Eu queria que todos tivessem, só, oportunidades. Eu queria que todos tivessem, só, o mínimo de uma estrutura familiar e psicológica. Eu queria que todos fossem, só, felizes – ou pelo menos tivessem, só, momentos felizes.

E aí eu escuto que certas coisas não tem como mudar. Será? Mesmo? Destino? Carma?

Se for... Mas que carma e destino filho da puta (sorry!). Nascer sem pai, ver mãe ser assassinada, não ter estrutura alguma, ser viciado, morador de rua, virar bandido e morrer assassinado por policiais depois de viver SÓ coisas ruins.

Que vida foi essa? Será que foi uma vida?

Eu só posso registrar aqui a minha tristeza e a minha incapacidade de fazer algo eficaz perto desse problema gigantesco que já está enraizado como algo normal na sociedade. Me sinto pequena, sem forças, sem ideias. Incapaz mesmo, essa é a palavra.

E aí, o que a gente faz? Se conforma? Diz que cada um tem uma história e... pronto?
Acaba assim, sem um fim. Tendo tantos outros Sandros em cada esquina que eu cruzo.

P.S. Vale dizer que Sandro NÃO QUIS matar ninguém. Nunca matou. Dentro do ônibus, por vários momentos, ele FINGIU agressões, atirou no chão e não nas reféns. Ou seja, não era da índole dele matar.


P.S.1. No seu enterro tinham apenas duas pessoas. Uma delas o coveiro.

domingo, 9 de maio de 2010

Positivo e Ativo

Outro dia estava conversando com uma pessoa. E eu com esse meu jeitão [digamos assim...] todo despojado falando tudo sem barreiras, como sempre. Conversa vai, conversa vem. Entramos no âmbito profissional. Então perguntei:

-Você trabalha?

- Não.

- Ah... (?)

- Sou aposentado (a)

Em um segundo – num piscar de olhos - minha cabeça deu um looping. [Como a mente funciona rápido, né? Impressionante.] Meu lado racional computou: pessoa nova + aparência ok + sem deficiência + atividade social em dia = aposentado (a)???

Então continuei e perguntei sobre o motivo da aposentadoria. Não sei porque mas nessas horas nunca imagino a verdadeira resposta. Sempre me surpreendo. Fiquei esperando ansiosa, pensando ouvir o que estava em minha mente, mas o que ouvi foi: “Sou HIV positivo”. Silêncio. Pausa. Respiração. Respondi com um quase inaudível “ah” e depois mudei de assunto.
Por alguns segundos eu, que tenho resposta pra tudo, fiquei sem palavras - apenas contemplando aquela cena. Por sinal, que cena linda que pude viver. O assunto continuou. Mas a partir daquele momento eu não ouvi mais nada. Fiquei reparando nele (a). Olhando de longe. Uma pessoa positiva [no melhor sentido da palavra], ativa, super pra cima, de bem com a vida. Admirei. Muito.
Pensei em quantas vezes por mês eu reclamo da minha vida, da minha condição, das contas pra pagar e todas as coisas futeis que me “atrapalham”. Pensei na preguiça que temos em viver. No desânimo. No dia-a-dia cruel, que de cruel não tem NADA. Na mania de achar que viver é trabalhar e pagar contas.

E o que acontece no intervalo das contas? Será que não conta? Porque é tão difícil perceber que cada minuto simplesmente não volta mais?

Caiu a ficha, saca?

Uma pessoa normal. Como eu. Como você. Mas que, mais do que isso, não se deixou abater. Cara, eu penso que se fosse eu... Ah, sei lá... Difícil enfrentar uma situação dessa de maneira tão viva. Só sei que encontrei um um exemplo de vida e não foi na novela das oito. Não foi na Luciana. Isso não é mais uma estória do Manoel Carlos.

É a vida. Que pulsa, que corre nas esquinas. Que passa do seu lado e você não vê.

Prefere ver a novela, né?
A ideia de que quem faz a vida ficar feliz e ATIVA depende de NÓS não estampa só uma página de um livro de auto-ajuda. É realidade. Ta aí pra quem quiser – e puder – ver. E essa é a cruel realidade: não querer levar a vida de maneira leve, porque se imagina que viver seja pesado e difícil.
Eu não sei dizer porque é tão mais fácil reclamar do que bendizer. Nem porque é tão mais simples achar que tudo vai mal, quando na verdade não é bem assim.

Só sei que de hoje em diante eu vou tentar.

Afinal:

“Ser alegre é melhor do que ser triste. Alegria é a melhor coisa que existe"

Uma bossa nova pra ilustrar minha novelinha da vida real!

Don’t give up.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

ih!

deu xabú no blogger.

tudo desconfigurado por aqui.
vamos esperar. ver se resolve sozinho.

té +

quarta-feira, 5 de maio de 2010

CORINTHIANS: A visão de uma mulher

ódio ou amor - sem meio termo.

deixa eu falar:

tava pensando, como é feio esse negócio de vocês - o povo - ser anti-timão. feio porque o corinthians devia ser um time como qualquer outro. um time que perde e ganha e que tem seu fanatismo por parte da torcida e só. foi-se a epoca em que a rivalidade ficava restrita apenas a corinthians e palmeiras. agora me parece que todos os times são contra o corinthians - mas não necessáriamente a favor do verdão. qualquer um que o time do Ronaldão enfrente, é considerado digno de vitória - tenha jogado bem ou NÃO.

e aí, eu fico a matutar: pq tanto ódio? pq ser contra um time que está na dele? que faz apenas seu papel - bem ou não. aliás, ultimamente, nem tem feito aquele futebol arte como o Santos e, MESMO ASSSIM, ainda desperta a ira. não tô falando por ser o corinthians, podia ser qualquer outro time. só gostaria de entender esse prazer em ver um time específico perder. aliás, não seria muito mais fácil odiar - ou simplesmente não gostar - de um time que está bem no campeonato, que é marrento, ou que eliminou o seu time?

porque tanto rancor do corinthias? o que ele fez de ruim no passado? de que forma ele atingiu vocês? quantas vezes ele ganhou do seu time? será que ele é tão bom assim para que todos tenham medo, ou sei-lá-o-que, e o odeiem de forma compulsiva?

acho que freud explicaria como inveja, ou como admiração. sei lá. talvez eu veja isso, até, como algo positivo. imaginem, milhares de pessoas param o que estão fazendo pra olhar pro corinthias e enfim, desejar que ele perca ou ganhe - tanto faz. mas, quando tem jogo e o Corinthians tá ali, pronto pra mostrar seu futebol, é nele que TODOS prestam atenção.

mas caramba, quantos jogos podem ter num mesmo dia? 1, 2, 3... 4? e ainda sim o corinthians é o mais importante de todos? que honra, né? que orgulho! Obrigada pelo minutinho de atenção, galera! Como diz aquela velha frase: falem bem ou mal, mas falem de mim - CORINTHIANS.

mas tirem o ódio e a inveja do coração, tá?
fikadika! ;)

Amigas e os homens

Mulheres. Amigas. Todas iguais – ou quase - quando o assunto é homem.
No fundo todas querem um. Um com quem elas se ajeitem, se encaixem, se arrumem. Pra vida toda, ou por alguns bons momentos.


Amiga tipo 1 – a dependente
Não ver a hora de ficar solteira. Diz que está precisando se encontrar. Mas quando fica, em menos de um semana – no mínimo – já está com um peguete firme. No máximo em um mês está namorando novamente.

Amiga 2 – a carente disfarçada
Jura que ama ser solteira. Mas sempre está super carente. Fica com uns caras nada a ver e depois se arrepende. No fundo só quer encontrar alguém legal. Mas como só arranja louco, finge que quer ser solteira pro resto da vida e mente pra ela mesmo.

Amiga 3 – ursinha pimponha
Quando namora some. Hiberna com o namorado o final de semana inteiro. Só comendo pão recheado e trufas de cereja. Quando termina lembra das amigas e reclama quando elas somem – um pouquinho – por causa do namorado.

Amiga 4 – margarina doriana
Totalmente tradicional e conservadora. Ama namorar. Acha feio mulher tomar cerveja. Não peida na frente do namorado nem sob tortura. É romântica e sonhadora. Vive num verdadeiro comercial de margarina. Falta só o suco de laranja natural no café da manhã. É sensível.

Amiga 5 – a cold case
Nunca namorou, mas não ve a hora de namorar. É indecisa, sempre demora a se intregar por inteira. Paixão então, nem se fala - Leva longos meses para que este sentimento domine seu corpo, mente e coração... no entando se demora muito até que o amor floresça, o cara já caiu fora, achando que ela não gostava dele – e então, ela sofre!

Amiga 6 – auto ajuda
Adora jogos amorosos. Vive fazendo charminho. Acha que os livros de auto ajuda realmente ajudam e se encaixam perfeitamente
em seus relacionamentos. ‘Casais inteligentes enriquecem juntos’ é a sua biblia, livro de cabeceira.

Amiga 7 – a insegura
Extremamente insegura, acha que a qualquer momento o relacionamento pode acabar. Fica analisando as atitudes dele e comparando a todo momento para ter certeza de que realmente é amada.

Amiga 8 – a pura
Nunca transa num primeiro encontro, nem no décimo quinto. Acha que o sexo estraga o relacionamento.

Amiga 9 – a ciumenta
O ciumes é um sentimento comum no seu dia-a-dia. Controladora, qualquer simples atitude se torna em um grande problema: telefonemas, scraps, cheiro estranho na camisa, banco do carro dele em uma posição diferente da que ela deixou. Fantasia traições a todo momento.

Amiga 10 – a mãe
Quer casar só pra ter filhos logo, nos moldes que a sociedade prega.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Amor eterno




Relendo antigos depoimentos no orkut, chorei lendo um que minha mãe me escreveu em 2008:

“Os anos foram passando e voaram rapidamente. Nem notei o quanto vc estava tornando-se atraente, autoritária e emotiva. Só agora, observando-te com cuidado, reparei, e no fundo, no fundo... senti-me tremendamente orgulhosa de saber que de um momento de amor o meu corpo gerou um ser tão maravilhoso quanto você. Sei que vou continuar perdendo o sono enquanto vc não chega, que o teu futuro vai continuar sendo uma incógnita para mim, Mas... sabe do que gosto mesmo? Quando adoeço, vê-la assumindo o papel de mãezona, me dando ordens, controlando os meus excessos. Nessas horas, sei que nossas discordâncias são bem menores do que o amor que nos une... Que vc é parecida comigo apesar de viver: apontando meus defeitos, usando meus sapatos, descuidando-se de suas roupas. O melhor mesmo é saber que uma das razões da vida ser tão maravilhosa é o fato de você existir. A cada dia que passa me descubro em vc. E então, mais me apaixono pela moça de nariz empinado q pensa q sabe tudo da vida e tão pouco aprendeu...”

Chorei porque é lindo. Chorei porque amo a minha mãe e as vezes esqueço de dizer. Chorei porque esse amor é tão grande, tão forte, tão nosso e tão único.
Em pensar que ela me conhece como ninguém, que sabe dos meus piores defeitos e ainda assim os compreende. Mesmo que chamando a minha atenção, perdendo a paciência, se irritando as vezes, sei que ama cada pedacinho que existe em mim. E eu os dela. Não consigo imaginar como seria minha vida sem ela. Aliás, sei bem: seria triste e completamente vazia. Acho até que nem existiria vida, só uma pessoa sem muita alma pra dar.

Então antes que isso aconteça preciso declar aqui que:

Amo nossos finais de semana em que saimos no sábado de manhãzinha, com aquele solzinho fraco de outono – almoçamos no Almanara, depois fazemos compras mercado. Aí fazemos as unhas no domingo a tarde e compramos mais uma sapatilha cor da pele. Claro, isso só depois da soneca que segue aquele almoço que só ela sabe fazer. Arroz, feijão – caldinho delicioso, sem sal. As nossas brigas são engraçadas. As vezes realmente eu sou a mãezona e brinco de casinha. Brinco de cuidar de alguém, mesmo que esse alguém não precise de cuidado algum. É que e gosto de amar, agradar. E faço tudo por um sorriso sincero, ou melhor: uma gargalhada escandalosa. Faço tudo pelo amor, pelo nosso amor. Esse que me consome de maneira descontrolada. As vezes sei que pode não parecer. A minha pontual falta de paciência, e as vezes algumas palavras não tão amaveis podem camuflar esse sentimento. Mas qual o filho que não se irrita com a mãe de vez em sempre? Mas eu posso. E ela sabe. Nesse contrato amoroso eu assinei amor incondicional. Isso incluem brigas, e pequenas discussões. Corriqueiras, é claro. Não há mais espaço para nada.

Só espaço para declarar o meu amor, minha gratidão, meu orgulho de ser um pedaço seu e minha felicidade em ver que em mim tem um tantão de ti, mas que em ti também tem um pouquinho de mim.

Não vivo sem isso, não vivo sem você. Casa pequeno momento que vivemos toma uma grande parte da minha memória, da minha história.


Te amo, mãe. E é pra sempre.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Não é

By Leda Pacheco.

Praticidade não tem fim


Praticidade não tem fim, Nutella sim! ♥

Navegando

Essa semana, navegando pela internêta, encontrei tantas coisas legais e fofas. Duas delas vou compartilhar com você (oi, tem alguém aí?). Take a look:

Pensa em duas coisas incríveis. macro fotografia e cores. agora pensa nas duas juntas, ao mesmo tempo. Pensou?



Pensou em macro fotografia pensou em Linden Glendhill. #xonei


Mudando de alho para bugalhos, o music philosophy é um site que tranforma músicas famosas em posters descolados. #xoneidenovo







xonaram também?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Consegue ver?


Uma das grandes virtudes da vida é a imaginação, o pensamento. Você realiza tudo, tudo que quiser. Não que isso vá se concretizar um dia, eu não falo sobre o "The secret". Falo sobre o domínio da nossa mente. Lá a gente faz e acontece. Lá nós podemos tudo mesmo. Não é lindo pensar no que a gente quiser, a hora que quiser, sem ninguém saber?

Sei lá. Por exemplo:
Imagina que você é rica e tá usando uma bolsa chanel de 15 mil dollares e que dentro dela, quando você abre, saltam mais 10 mil em notas verdinhas! Conseguiu sentir o cheiro do dinheiro?
Imagina que você tá mergulhando numa piscina de gelatina amarela.
Imagina um pássaro com uma cabeça de cachorro.
Imagina que todas as pessoas do mundo te olhando e te achando LINDA (o).

Fácil, né?

Agora imagina a vida do seu próximo. Ou nem tão próximo. Imagina uma pessoa qualquer, que você conheça só de vista – pode ser aquela pessoa que você viu hoje e que, por algum motivo, ficou gravada em sua memória. Imagina o que ele gosta, o que ele faz, o que come, como vive, como sobre-vive.
Difícil.

Uma das minhas imaginações prediletas acontece quando eu passo nas ruas do centro da cidade. Olho para aqueles prédios decadentes, antigos, e penso em como seria viver ali, no meio do caos. Fico tentando buscar no meu pensamento a imagem de alguém que moraria ali, o que ele faria, com o que trabalharia. Será que eles são felizes? Será que choram? Será que não sentem medo de morar num lugar como aquele?

Quando eu estou com insônia fico imaginando quantas pessoas, que assim como eu, não estão conseguindo dormir. Penso em quantas sofrem, vivem um grande amor (desamor), ou em quantas estão tendo seus filhos em hospitais públicos, pagos, debaixo das marquizes... tantas. Tantas pessoas acordadas enquanto a cidade dorme, enquanto a gente dorme ou tentar dormir. Imagino as pessoas do outro lado do mundo, levantando pra ir trabalhar. Tomando Missoshiro de café da manhã, com seus olhinhos mais fechados ainda pelo sono.

É tão gostoso pensar no outro, da forma mais abrangente possível. No sentido de conhecer mesmo, de ter curiosidade pelas pessoas. Essa coisa fantástica que Deus criou. Se tem uma invenção que eu acho maravilhosa, é essa em que me caibo. Ser-humano. Ser-fantástico.
(Foto by Leda Pacheco)

terça-feira, 23 de março de 2010

Sometimes a man get depressed


Eu tenho um vizinho. Não o da porta esquerda; o da direita. Nossas portas não são colalas, ainda há um apartamento que nos separa – bem no meio.
Nunca o vi, mas o conheço. E sei dele porque escuto. E não escuto de xereta, é sem querer mesmo: quando estou passando, quando estou indo levar o lixo, ou chegando em casa. Comecei a percebê-lo. Ele gosta de Whitney Houston, Mariah, Sandy & Jr, Lady Gaga, Beyonce. Todo sábado de manhã, com o volume bem alto, ele me acordava - acho que era pra embalar a faxina. Quanta animação! Podia imaginar ele dançando de meia, escorregando no chão da sala. Acho lindo a diversidade (L). Não sei se mora sozinho ou com o namorado, mas não importa. Outro dia estavam brigando, brigando feio. Fiquei triste - por eles, sabe? É chato brigar com o namorado. Ainda mais do jeito que foi. Lá do meu quarto ouvia. Quanta dor! Sei que depois disso, não escutava mais as canções animadas de sábado de manhã, eram só baladas tristes. Mariah dos anos 80 reinava. Diagnosticado tristeza de um amor bandido. Bingo! Mais outras tantas brigas escutei, torcendo pra que enfim se acertassem. Eis que ontem, em plena segunda-feira, ouço vindo de seu rádio as velhas/novas canções. Gaga bombando. Som no talo. Ninguém precisa nos contar que está feliz. Percebi. Tão simples quando você consegue perceber as pessoas. Felicidade que transpassa paredes de concreto. Feliz, eu. Triste, ninguém. Nunca o vi, nem quero. A magia que tenho de imagina-lo é tão grande, que me basta escutar com ele as músicas da Gaga, Beyonçá. Bater cabelo, se jogando, escorregando de meia no chão da sala, fazendo faxina, sendo feliz. Cada um no seu quadrado. ALOCKA! ;)
(foto by Liam4)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Me apaixonei


Foi amor a primeira vista. As Cameras Lomo são fofas e, apesar da baixa qualidade das fotos, formam um estilo único. Me apaixonei. Quero todas, ou quase.




Holga

Multi lentes e DOURADA!

E a Panorâmica - sonho de sonsumo. O nome está adequado: perfeKt!

Apesar de não ser tão cara, as cameras tem um preço salgadinho se levarmos em conta a qualidade, como já dito. Sabe-se os entendidos que dá pra fabricar cameras em casa e saem bem mais baratas. De qualque maneira, o desejo de comprar me consome! E agora? Tenho uns 3 dias para decidir.



Nesse pedacinho que é meu


aqui pensando.
Porque eu escrevo? E mais. Porque eu escrevo tanto? Porque tenho tantos lugares pra escrever? Blog, twitter... etc.
Simples resposta: porque gosto! E pronto.
Na verdade, me pergunto o porque eu escrevo tanto de MIM. As vezes acho que é uma grande exposição. Sei que pessoas que nem conheço podem vir aqui e ler coisas que saem, realmente, do meu íntimo. Coloco minhas ideias aqui, meus sentimentos, minha VIDA.
Talvez pretensão minha achar que alguém tem tempo para me ler, ? Pretensão sim. Acho difícil, na verdade. Nem sou tão interessante assim. Ou, pelo que me parece, as coisas que eu escrevo podem ser um pouco óbvias. Comum a todos os que se dizem humanos.
Mas não importa. O relevante dessa história toda é que escrevo pra mim mesma. Fico feliz se recebo elogios sobre o que escrevi, course. Mas não é algo que espero.
As vezes até aviso meus amigos que tem texto novo, julgando que escrevi algo interessante, brilhante – no meu mundinho, claro.
Me realiza muito quando eles gostam. Principalmente os companheiros de profissão. Aliás, quando a gente escreve profissionalmente é completamente diferente. Espera-se ser lido por centenas, quem sabe milhares de pessoas. (Outra pretensão?) O Ego se infla mais ainda quando o elogio é profissional. Pode acreditar que em meio a palavras chatas, as vezes - dependento do artigo / matéria, está um punhado de amor e afeto, por fazer aquilo que se gosta. Enfim, sou amiga do bloquinho e da caneta bic - e não é de hoje.

Tenho blog desde os meus 15 anos e é uma pena ter perdido os primeiros. Deviam estar cheios histórias por lá. Ontem estava re-lendo o Histerias, outro blog cultivado por longos anos, antes deste aqui. Acho que vou mudando de blog porque vou enjoando dos nomes.
Na época coloquei o nome 'Histerias' por acreditar estar vivendo uma fase frenética da adolescência. Eu chamava de Histerias Binárias. Acho que o blog traduziu bem isso. Uma menina, adolescente, feliz, intensa, radical as vezes. Simplesmente teen. Hoje, mais madura, vou no básico que é pra não errar. Espero ficar mais bons anos com este aqui. Companheiro para TODAS as horas, ever.
Então...
Abro o Outlook. Não gosto do Word. Criar novo e-mail. Começo a digitar algumas palavras sem rumo. No campo do 'para', não tem ninguém. Escrevo para mim mesma. Depois vem parar aqui, no blog, como registro de algum momento que vivi que faço questão de eternizar.

Que bom poder jogar umas palavras ao vento nesse pedacinho que é só meu.
Sou feliz por essas simples coisas da vida! Sempre que escrever, o farei de corpo e ALMA.

(Ilustração by Dani Hasse)
p.s. agora resolvi postar também, como ilustração, fotos e desenhos de pessoas que tem um talento do qual admiro muito. logo menos postarei também o meu trabalho! ;)
p.s.1. agora sim está ficando do jeitinho que eu gosto, com a minha cara. acho que ando com a arte aflorada em mim. vai ver é isso. bye.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Alguém chamado Emanuelle



Se tem uma coisa que acredito nessa vida, são os sinais. Aquelas coisinhas que aparecem no nosso caminho que a gente vê e identifica como: “essa foi pra mim”. Não sei se é Deus, com aquela delicadeza de que costumo falar ou alguma energia que se junta pra nos ajudar. Só sei que vira e mexe vejo “luz” por aqui. Os meus sinais.

Quem me conhece sabe. Aliás, um dos motivos pelos quais eu fiquei morando nos EUA por um determinado tempo, foi justamente um dos muitos sinais da minha vida. Outro dia conto a história toda. Muita gente duvidou. Mas aquele "foi pra mim".

Diz uma amiga que não importa se é certo ou não. Nunca vai ter ninguém pra provar que aquilo é, de fato, um sinal divino. Mas se assim acharmos que é, quem pode dizer que não é?

Entro no meu e-mail do hotmail raríssimas vezes. E o faço só mesmo para apagar a quantidade de lixo que se junta por lá. Dificilmente tem algo interessante. Outro dia tinha e-mail da prima gêmea, que mora no chile, dizendo que está bem. Ufa (beijos, Dé). Fora isso, muitas correntes, propagandas... eis que, hoje, no meio do meu expediente de trabalho resolvi dar uma sapiada por lá. E, no primeiro e-mail em que bati o olho:

De:
Emanuelle Rodrigues (conhecereisaverdadeeaverdade@gmail.com)
Assunto: VERSÍCULO DO DIA - 15/03/10‏

Estranho.

Primeiro, o nome do e-mail: conhecereis a verdade e a verdade. Pensei, deve ser uma coisa muito verdadeira mesmo, né? Dupla verdade só no nome do e-mail, imagina em seu conteúdo.

Segundo: Emanuelle? Que Emanuelle? Eu conheço alguma Emanuelle? Comecei a buscar em meus registros de memórias: Escola, trabalho, outro trabalho, faculdade, outro trabalho, teatro, amigo de amigos, cursos, orkut, facebook, twitter... Não, não, não, não e não. O resultado da busca foi 0. Realmente, eu não conheço nenhuma Emanuelle Rodrigues.

Geralmente apagaria de cara, sem titubear. Mas se tratava de um Versículo, fiquei curiosa e abri – já pensando que se tratava de um sinal, claro. Afinal, um versículo não bate a nossa porta assim, sem mais nem menos. Palavra divina não fica dando sopa por aí, ela sabe por onde soprar:


"Segunda-feira, 15 de Março, 2010

VERSÍCULO:
Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das
Oliveiras. Então Jesus lhes disse: “Ainda esta noite todos vocês me
abandonarão."
-- Mateus 26:30-31a

PENSAMENTO:
Abandono. O ato de deixar, largar, se afastar. Era isso que os
discípulos iam fazer com Jesus. Iam deixá-lo. Iam se afastar dele.
Iam abandoná-lo. Jesus sabia disso, tanto é que ele predisse o ato.
O incrível é que ele não o fez com espírito de rancor ou mágoa. Ele
não fez com ar melodramático, todo preocupado consigo mesmo. Jesus
alertou seus melhores amigos da queda que se aproximava, talvez
como quem dissesse - "Não deixe que isso lhe abale. Eu já sabia e
não estou nem um pouco abalado" Você já pensou que Jesus poderia
ter escolhido outros discípulos? Ele poderia ter chamado homens
valentes, ex-combatentes ou mercenários, homens com coração de
ferro que teriam lutado até a última gota de sangue pelo seu
mestre. Mas, ele chamou homens comuns, medrosos, fracos - com as
mesmas falhas que eu e você. Não lhe encoraja saber que no exército
do Senhor, tem lugar para pessoas como eu e você?”


Os outros e-mails, claro, eram lixo. Apenas o de Emanuelle ficou para me fazer matutar. Obrigada pelo sinal, seja lá quem for Emanuelle Rodrigues, seja lá quem tenha a feito mandar.


P.S. No google há 22.700 resultados para Emanuelle Rodrigues. Em comparação meu nome, Leda Pacheco, há 851. Ou seja...

P.S.1. Emanuelle, se eu te conhecer e tiver me dado uma aminésia, mil perdões.

P.S.2. Emanuelle, se eu realmente não te conhecer, mas você der uma passada aqui e se reconhecer: um beijo especial, obrigada pelo e-mail!

P.S.3. se você leu isso aqui, sem mais nem menos. Isso pode ter sido, também, um sinal. Bem-vindo, Jump in ;)

(Foto by Leo Tage)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Novo Tudo De Novo


É assim que estou. Nova. Re'nova'da.
Depois de um longo periodo pensando, sentindo, eis que me vejo assim, simplesmente sendo.
Talvez uma outra Leda. A velha, a mesma, a de sempre. Mas reciclada.

Como se tivesse tomado um banho de colírio Moura Brasil com rinossoro: vejo melhor - as cores e a ausência delas; sinto melhor - o cheiro, os sabores, os sen-ti-men-tos.



Volto em breve com muitas novidades nesse blog.

Esperem.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

10 vezes BBB



Há duas semanas começou a décima edição do Big Brother Brasil. Como de costume estou acompanhando diariamente a saga dos participantes dentro do jogo que dará 1 milhão e meio de reais ao vencedor. Antes que alguém faça algum comentário, faz 10 anos que acompanho o BBB, com muito orgulho, obrigada.


Essa é de longe a minha edição favorita. Já nas primeiras semanas altos acontecimentos vem prendendo a atenção do público. Acho que o Boninho acertou. Colocou gays, heteros, antenados – ou nem tanto, os famigerados sarados e ex BBB’s. Seguimentou, rotulou, está colocando todo mundo pra ‘dar a cara tapa’, enfim está arrebentando a audiência.


Com o casting devidamente escolhido - muito bem por sinal - vou apresentar um a um dos participantes que vocês já devem conhecer de cor, pelo ponto de vista da titia aqui, simbora:

Joseane: A primeira eliminada. Sem sal, sem açúcar. Se acha tão linda, a ponto de atribuir sua eliminação a tal. Na noite em que ela veio ‘mostrar sua beleza aqui fora’ ainda levou um fora do mestre Bial. Ao indaga-lo sobre quem era sua BBB favorita ele, sem titubear, respondeu: “Priscila do BBB9”. Desculpa aê, Jose!


Tessália: Por ser a mais odiada é a minha favorita. É certo que os vilões só podem “morrer” no final, portanto vida longa a @twitess. É articulada, se finge de santa, e está espumando de inveja da doce Fernanda. Está fazendo todos os jogos ao mesmo tempo: casal + pobre + complô + vítima. Estranhamente nunca fala da filha. Adoro!


Michel: A primeiro momento adorei mas logo após o jogo começar de verdade pude reparar que é um zero a esquerda. Sorte que se aliou a Tessália, assim podemos vê-lo dentro da casa. Se não fosse isso, vasava no primeiro paredão. Dá nojinho.


Alex: O Advogado bonito, mas me dá preguiça. Fala demais em suas justificações, quer sempre filosofar. O Bial sempre dá aquela cortada básica. Quase ficou com Tessália, mas deveria ficar mesmo é com a Elenita. Quem sabe com a formação de um casal exótico ele garantiria mais tempo dentro da casa.


Dourado: Ex BBB chato e mala. Mas é outro vilão que tem que permanecer por mais um tempo na casa. Dizem que é homofóbico, mas agora tudo virou motivo pra dizer que ele não gosta dos gays. Lia, Cadu e Cacau já fizeram reuniãozinha pra dizer que o cara não se expressa, não expões suas opiniões. Tipo, e se for o jeito dele? Ele é agressivo e fechado, mas é ele mesmo, pelo menos não é hipócrita. Isso é um ponto que levo em consideração, mesmo que seja um porre aguentar ele reclamando o tempo todo.

Fernanda: Dizem que ela é linda, fofa e uma das favoritas ao prêmio. Não coloco a doçura dela a prova, mas de resto não sei. Até porque pouco a vejo nas edições. De onde será então que surgiu esse favoritismo todo? A pessoa vai pra um reallity show, em que todos falam de todos – pelas costas ou pela frente, tanto faz – e pede desculpa no confessionário por isso? Não entendi. Me soou um tanto quanto falso.

Angélica: Faz parte do grupo dos Coloridos. Apostava mais nela como vilã quando no primeiro dia de programa brigou com Lia por ela falar e querer aparecer demais. Logo depois murchou. Mas bastou o Bial comentar ao vivo de seu sumiço que despirocou geral na festa. Quer dizer, quis recuperar o tempo perdido, mas daí já era tarde demais e tome paredão!

Serginho: O meu colorido favorito. Inteligente, porém muito inocente. Parece estar meio perdido no jogo, sem foco. Achava que tinha Michel e Tessália como aliados, esses dias percebeu que não. Tessália tem estado afastada do que era a sua panela inicial (Lia, Sérgio, Michel, Tessália) e ele sentiu que talvez fosse um interesse pelo quarto do líder e pela não indicação. Lia é de todos. Ou seja, tá meio avulso.

Elenita: Seu lado emocional é totalmente desiquilibrado e infantil. A mulher forte, inteligente, marcante que ela transmite me parece muito frágil e vulnerável as vezes. Em contraponto, ela é de verdade. Meio chata, teórica, mas vive a dor e a delícia de ser ela mesma. Nesse ponto me conquistou. Só tem que aprender a jogar, pelo menos pra se defender, se não vai rodar fácil, fácil.
Eliézer: O mais sonso da casa. Confuso. Já começa pelo nome, não sei nem se é Eliezér ou Eliézer. Complicação. Um saco aguentar ele e a Cacau juntos. Se acha o rei das justificativas lógicas, como se alguém aqui fora levasse realmente em consideração as justificativas que são dadas. Me lembra muito o Rafael com a Mariana do BBB6. As história se repetem. Será que vale a pena ver de novo?


Claudia (Cacau): O corpo mais bonito da casa é acompanhado de uma personalidade em aberto. Ainda não sei quem é a Cacau. Uma enrolação com eliézer. Beija, depois se arrepende. Gosta dele, depois acha que é gay. Quer dizer, pra que beijou então? Pessoa se queima a troco de nada. Se tivesse engatado um romance de verdade renderia menos votos no próximo paredão. Agora já não sei, acho que o povo vai querer mesmo é que Eliézer se livre dela. O povo tem compaixão, de graça.

Eliane (Lia): Me surpreendeu. Gosto de Lia, mas me dá certo medo. Não sei até que ponto estou sendo enganada por ela. Por enquanto digo que parece ter um bom caráter. E só.

Anamara: Arretada, é só o que consigo pensar no momento. Vai acabar morrendo pela boca.

Ana Marcela: Devagar quase parando, né? Mas na dela. Não tenho muito o que falar, é daquelas jogadoras meio nulas, se sair ninguém vai notar muito a falta.
Uillian: Ele tem um jeitinho sincero. Por outro lado essas pessoas muito quietas me assustam. Eu jurava pela aparência dele que ele ia chegar abalando, parecia ter personalidade forte, marcante. Só aparência.

Cadu: O ogro mais fofo da casa. Chora por ter ganhando o líder. É gentil e educado com todos. Uma grande revelação pra mim. Tem cara de panetone. Adoro!

Sonhos. Que sonhos?

Ultimamente tenho pensando nos sonhos. Não nos que construímos dormindo, e sim naqueles que idealizamos acordados. Eu nunca fui de ter muitos sonhos, eu tenho vontades – o que considero ser bem diferente. Há um tempo atrás me dei o luxo de sonhar um pouco. Não é tarefa muito fácil para uma pessoa tão pé no chão como eu, vezes até cruelmente realista - de-mais. Afinal, a realidade muitas vezes assim é, cruel e nada mais. E nesses sonhos que sonhei, idealizei, planejei, organizei, me animei tanto que quando voltei para realidade eis que me deparo com a intacta e imóvel vida de sempre. Sabe aquele choque? Então. Não posso negar de que no fundo eu constatei que não nasci pra sonhar. Que é melhor mesmo ir dando um passo de cada vez e esperar pra ver aonde essa caminhada vai me levar. Sei lá, já imaginei tantas coisas na minha vida e hoje vivo uma realidade totalmente diferente da que um dia pude supor. É daí que eu digo que suposições são puramente e só SUPOSIÇÕES.
Ou seja, a vida é mesmo imprevisível, e deliciosamente IMprevisível, assim que gosto que ela seja. Como disse, não deixo de ter vontades. Tenho vontade e coragem. Coragem pra ir atrás e realizar meus desejos. Mas daqueles que não dependem só de mim, ou que dependem de um montante de dinheiro, ou de gente, ou de mudanças astrológicas / mundiais... bem, esses deixo para que o tempo me ajude a descobrir se estava sonhando só ou em conjunto, acordada ou dormindo. Será comodidade? Medo? Falta de esperança? Não sei. Vou vivendo, acho que é o melhor que faço. Talvez um pouco chateada, por re-descobrir a minha eterna sina de viver com os dois pés no chão. Talvez sonhasse em voar um pouco mais, ou não.