quinta-feira, 22 de abril de 2010

Amor eterno




Relendo antigos depoimentos no orkut, chorei lendo um que minha mãe me escreveu em 2008:

“Os anos foram passando e voaram rapidamente. Nem notei o quanto vc estava tornando-se atraente, autoritária e emotiva. Só agora, observando-te com cuidado, reparei, e no fundo, no fundo... senti-me tremendamente orgulhosa de saber que de um momento de amor o meu corpo gerou um ser tão maravilhoso quanto você. Sei que vou continuar perdendo o sono enquanto vc não chega, que o teu futuro vai continuar sendo uma incógnita para mim, Mas... sabe do que gosto mesmo? Quando adoeço, vê-la assumindo o papel de mãezona, me dando ordens, controlando os meus excessos. Nessas horas, sei que nossas discordâncias são bem menores do que o amor que nos une... Que vc é parecida comigo apesar de viver: apontando meus defeitos, usando meus sapatos, descuidando-se de suas roupas. O melhor mesmo é saber que uma das razões da vida ser tão maravilhosa é o fato de você existir. A cada dia que passa me descubro em vc. E então, mais me apaixono pela moça de nariz empinado q pensa q sabe tudo da vida e tão pouco aprendeu...”

Chorei porque é lindo. Chorei porque amo a minha mãe e as vezes esqueço de dizer. Chorei porque esse amor é tão grande, tão forte, tão nosso e tão único.
Em pensar que ela me conhece como ninguém, que sabe dos meus piores defeitos e ainda assim os compreende. Mesmo que chamando a minha atenção, perdendo a paciência, se irritando as vezes, sei que ama cada pedacinho que existe em mim. E eu os dela. Não consigo imaginar como seria minha vida sem ela. Aliás, sei bem: seria triste e completamente vazia. Acho até que nem existiria vida, só uma pessoa sem muita alma pra dar.

Então antes que isso aconteça preciso declar aqui que:

Amo nossos finais de semana em que saimos no sábado de manhãzinha, com aquele solzinho fraco de outono – almoçamos no Almanara, depois fazemos compras mercado. Aí fazemos as unhas no domingo a tarde e compramos mais uma sapatilha cor da pele. Claro, isso só depois da soneca que segue aquele almoço que só ela sabe fazer. Arroz, feijão – caldinho delicioso, sem sal. As nossas brigas são engraçadas. As vezes realmente eu sou a mãezona e brinco de casinha. Brinco de cuidar de alguém, mesmo que esse alguém não precise de cuidado algum. É que e gosto de amar, agradar. E faço tudo por um sorriso sincero, ou melhor: uma gargalhada escandalosa. Faço tudo pelo amor, pelo nosso amor. Esse que me consome de maneira descontrolada. As vezes sei que pode não parecer. A minha pontual falta de paciência, e as vezes algumas palavras não tão amaveis podem camuflar esse sentimento. Mas qual o filho que não se irrita com a mãe de vez em sempre? Mas eu posso. E ela sabe. Nesse contrato amoroso eu assinei amor incondicional. Isso incluem brigas, e pequenas discussões. Corriqueiras, é claro. Não há mais espaço para nada.

Só espaço para declarar o meu amor, minha gratidão, meu orgulho de ser um pedaço seu e minha felicidade em ver que em mim tem um tantão de ti, mas que em ti também tem um pouquinho de mim.

Não vivo sem isso, não vivo sem você. Casa pequeno momento que vivemos toma uma grande parte da minha memória, da minha história.


Te amo, mãe. E é pra sempre.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Não é

By Leda Pacheco.

Praticidade não tem fim


Praticidade não tem fim, Nutella sim! ♥

Navegando

Essa semana, navegando pela internêta, encontrei tantas coisas legais e fofas. Duas delas vou compartilhar com você (oi, tem alguém aí?). Take a look:

Pensa em duas coisas incríveis. macro fotografia e cores. agora pensa nas duas juntas, ao mesmo tempo. Pensou?



Pensou em macro fotografia pensou em Linden Glendhill. #xonei


Mudando de alho para bugalhos, o music philosophy é um site que tranforma músicas famosas em posters descolados. #xoneidenovo







xonaram também?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Consegue ver?


Uma das grandes virtudes da vida é a imaginação, o pensamento. Você realiza tudo, tudo que quiser. Não que isso vá se concretizar um dia, eu não falo sobre o "The secret". Falo sobre o domínio da nossa mente. Lá a gente faz e acontece. Lá nós podemos tudo mesmo. Não é lindo pensar no que a gente quiser, a hora que quiser, sem ninguém saber?

Sei lá. Por exemplo:
Imagina que você é rica e tá usando uma bolsa chanel de 15 mil dollares e que dentro dela, quando você abre, saltam mais 10 mil em notas verdinhas! Conseguiu sentir o cheiro do dinheiro?
Imagina que você tá mergulhando numa piscina de gelatina amarela.
Imagina um pássaro com uma cabeça de cachorro.
Imagina que todas as pessoas do mundo te olhando e te achando LINDA (o).

Fácil, né?

Agora imagina a vida do seu próximo. Ou nem tão próximo. Imagina uma pessoa qualquer, que você conheça só de vista – pode ser aquela pessoa que você viu hoje e que, por algum motivo, ficou gravada em sua memória. Imagina o que ele gosta, o que ele faz, o que come, como vive, como sobre-vive.
Difícil.

Uma das minhas imaginações prediletas acontece quando eu passo nas ruas do centro da cidade. Olho para aqueles prédios decadentes, antigos, e penso em como seria viver ali, no meio do caos. Fico tentando buscar no meu pensamento a imagem de alguém que moraria ali, o que ele faria, com o que trabalharia. Será que eles são felizes? Será que choram? Será que não sentem medo de morar num lugar como aquele?

Quando eu estou com insônia fico imaginando quantas pessoas, que assim como eu, não estão conseguindo dormir. Penso em quantas sofrem, vivem um grande amor (desamor), ou em quantas estão tendo seus filhos em hospitais públicos, pagos, debaixo das marquizes... tantas. Tantas pessoas acordadas enquanto a cidade dorme, enquanto a gente dorme ou tentar dormir. Imagino as pessoas do outro lado do mundo, levantando pra ir trabalhar. Tomando Missoshiro de café da manhã, com seus olhinhos mais fechados ainda pelo sono.

É tão gostoso pensar no outro, da forma mais abrangente possível. No sentido de conhecer mesmo, de ter curiosidade pelas pessoas. Essa coisa fantástica que Deus criou. Se tem uma invenção que eu acho maravilhosa, é essa em que me caibo. Ser-humano. Ser-fantástico.
(Foto by Leda Pacheco)