domingo, 29 de junho de 2008

Sim

Ela era uma pergunta, sem resposta. Ele era sua resposta, sem saber da pergunta. A resposta era sim. O sim para ela era muito. Ela nao tinha nada, ele tinha tudo. Era como se a ela so’ coubesse o espirar, para que ele, inspirasse por ela. Eram mutuos, eram solidos, eram dois. Se amavam, se odiavam. Precisavam e as vezes nao queriam. Eram um caminho sem volta, ou com muitas voltas. Eram a duvida de todos os dias, vezes um ponto de exclamacao. Era tudo junto, bem misturado, mas muitas vezes trifasico, como agua e oleos naturais. Sim, talvez fosse como muitos queriam ser, mas que aos olhos deles, nao parecia nada de extraordinario. Funcionavam com o mecanismo do tempo, do vento das arvores, das estacoes do ano. Nenhum segredo, nada. Silencio. Ela calava enquanto ele amava. Ele falava quando se ia, ela cantava ao sol do meio dia. Nao se davam conta, nao sabiam. Um dia, enquanto andavam, ao som das folhas secas no chao, olharam-se. Ela disse “nao sei porque vim…”, e no olhar dele pecebeu o motivo, sua resposta tambem era sim.

Summer Time

Ainda tenho a sensacao aqui comigo. Todos os dias me esqueco aonde estou, e quando lembro levo um susto. Outro dia olhando a foto do meu quarto, percebi que nao me debruco mais na mesma janela. Me bateu uma saudade do sol quente esquentando meus lencois ao raiar do dia. O sol do Brasil e’ tao mais quente, juro. A agua do chuveiro deixa meu cabelo duro por causa do cloro (outra coisa que sinto falta do Brasil), serio, e’ um pouco estranho, mas tudo bem. Por aqui o “summer time” tem gostinho de sorvete e de ferias. Sim, prefiro pensar que vim passar as ferias aqui, afinal, eu posso ir a piscina todos os dias a tarde – I’m so sorry pra voces que estao morrendo de trabalhar congelados em SP (Sou mto ma’! haha). O vento bate em meu cabelo, o cheiro e’ de natureza, o ar e’ puro, as folhas das arvores estao verdes e ha flores nos jardins, uma areia entra no meu olho, pra me lembrar que nem tudo e’ tao simples assim, e sempre vai ter um ‘graozinho’ para encomodar.

Meu curta metragem

6:50 am, Domingo, eu desperta, avessa, transpassada. Nao sei porque perdi o sono, mas meus olhos abriram-se e nao consigo fazer com que fechem de novo. Rolei de um lado pro outro, embolei todo meu lencol e pijama. Nada, me rendi. Depois de sonhos estranhos (o que sera’ que eles querem me dizer?), penso que talvez seja uma co-ligacao com alguem. Mas isso nao e’ um filme e agora nao esta aparecendo a cena em que eu digito esse texto, e em algum canto do mundo acontece algo correlacionado comigo. Mas sinto, deve haver alguem. (Se voce e’ meu amigo – ou qq coisa do tipo - e do Domingo 29/06/08, estava pensando em mim as 8:57 am (Brasil) ou 6:57 am (USA) me fale, ok?). Tenho certeza que a sincronicidade aconteceu mesmo que no sono de alguem. Acontece que a vida as vezes e’ sim como um filme, mas Gracas a Deus e’ bem mais. Por isso, agora quando digo ‘tchau’, voce nao ouvira a musica tocar para os creditos subirem. Mas voce pode imaginar, porque esse capitulo termina aqui.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ana Camila e Amanda brincado de "Banda de Rock"

Aguas de Junho


Por aqui as aguas de Junho comecaram, e parece tambem que ja se foram. Como voces ja devem ter visto na TV – sim, o EUA tem enchente (Ai, nada como estar num pais de primeiro mundo).
Por causa da enchente, muitas cidades tiveram evacuacao voluntaria, a cidade em que eu estudo, Ottumwa, foi uma delas. Em Iowa City a destruicao foi grande tambem, talvez uma das maiores por aqui. Essa e’ uma outra cidade universitaria daqui que tem muitos restaurantes, mas ficou quase tudo debaixo d’gua. Agora que a agua baixou, e’ a hora da poeira subir. Familias e estabelecimentos estao lavando a lama que a enchente trouxe e colocando tudo em ordem novamente. Na minha cidade nao tem rio, por isso nao houve enchente, so’ um tornado na semana retrasada, mas ja’ estou acostumada com essas coisas de pais desenvolvido.

(…)

Cade?!


“Vamos ao festival do morango?” me indagaram, “Vamos, vamos” respondi entusiasmada, adoro morangos e os daqui em especial sao muito mais gostosos. E la’ fomos nos, para Farmingtom, atraz do tal festival. Tudo muito bom, tudo muito lindo – muito sol, muito calor, muitas pessoas, poucos morangos. So’ faltaram eles, os donos do festival. Alias, tinha morango sim, na calda do sorvete (?!). Vale?


(…)


Bittersweet
Estranhezas americanas a parte, percebi ontem o quanto essa cidade e’ Linda e bucolica. Bittersweet, doce e amarga. Casas antigas e tipicas. Parques, piscinas, ruas cheias de arvore. Uma brisa quente e calma. Da pra sentar na varanda e escrever um drama. E’ muito inspirador. Venham me visitar! (Tragam cerveja, amigos e caldo knor)

domingo, 8 de junho de 2008

E para sobremesa: feijao!

Um dos maiores sofrimentos aqui, do lado norte do mapa, e’ a comida. Americano adora uma gordura, disso todo mundo sabe, ne'? Pra variar eu resolvo comecar mais um regime - eu ja’ perdi as contas de quantos regimes eu ja’ fiz. Sendo assim, escolhi para jantar um restaurante com um buffet Self-service, o Pizza Ranch. Comecei pela salada, de prache a alface Americana, que nao poderia faltar no seu pais de origem. Na hora de colocar o tempero, no lugar do “azeitinho light” eu encontro dezenas de molho, todos com maionese, e’ claro. Dai’ fica dificil, pra uma pobre mulher-com-tendencia-para-engordar, fazer seu regime tranquilamente. Frango grelhado nem pensar. So' aqueles fritos mesmo, uma especie de frango a passarinho com mais gordura.
Eis que um luz no fim do tunel paira em meu olhar quando avisto o meu querido e idolatrado feijao! Coloco entao uma porcao generosa no meu prato – repito, eu amo feijao, e esse estava muito bonito e parecia gostoso. Bem, isso ate’ levar pra minha boca a primeira garfada. Logo percebi que tinha sido enganada por mais um costume estranho desse pais (tambem fui enganada em outra ocasiao, pq aqui nao tem lixo nos banheiros publicos, mas isso eu conto depois).
O feijao daqui, PASMEM, e’ doce! Sim, sim, sim, voces leram direitinho, e’ doce mesmo. Como qualquer sobremesa do Brasil, so’ que aqui eles comem com a comida. E’ a coisa mais horrivel que eu ja’ comi na minha vida, feijao temperado com acucar mascavo. E’ mole? Todas as minhas esperancas de uma alimentacao balaceada e saudavel, foram por agua baixo junto com o feijao que eu joguei no lixo. Eu continuo por aqui entao, experimentando essas iguarias da culinaria mundial e tentando levar o meu regime a serio. Se vier pra ca’, nunca va’ la: http://www.pizzaranch.com/

Montanha russa

Alguem me disse. Viver nessa condicoes e’ como enfrentar uma montanha russa de emocoes: verdade. E’ um pouco dificil, o tempo as vezes parece parar. O relogio corre um segundo e para dois, corre 2 minutos e para 5. Quando olho pra tras penso que ja’ se foram muitos, mas quando olho pra frente vejo que ainda faltam tantos… Estou planejando, ja faz algum tempo, parar de olhar pro relogio e contar a quanto tempo estou aqui, quanto tempo falta pra eu voltar. Essa e’ como uma daquelas promessas de “comecar um regime na segunda” ou algo do tipo. Minha professora disse: “O bom dos Brasileiros eh que eles tentam, os japoneses apenas se calam”. Eu tento, estou sempre tentando, todos os dias, minutos, segundos. Me esforcando muito.
Nao pensem que nao estou gostando, gosto muito daqui e se nao fosse por um ser-zinho Brasileiro eu nem me importaria de estar tao longe.Nunca fui de sentir muitas saudades, sempre fui muito apegada a minha liberdade.
Nao tenho vergonha de dizer que agora as coisas mudaram, e o amor se tranformou em uma saudade que eu nunca tinha sentido antes. As vezes parece incontrolavel, maior que eu. Tira a minha concentracao, pausa a minha repiracao. Parece nunca acabar. Mas assim que a minha respiracao volta e eu retomo meus sentidos, percebo que 6 meses passa muito rapido e logo logo estarei ai de volta.

(Ser-zinho brasileiro, te amo)

terça-feira, 3 de junho de 2008

Mais uma do Orkut


Estava eu ja saindo do orkut para ir estudar, quando me deparei com algo terrivel: o Orkut, mais uma vez, assassinando a gramatica!
Que os seus membros facam isso, va la… mas o proprio fazer? Pera ai, ne? Sera que o Google nao tem funcionarios no Brasil para escrever em Portugues? Eu sei que tem, e que ganham muito bem - por sinal - porque os caras tem que ser fluente em ingles e o c*** a 4! Ai entao, mesmo com muitos funcionarios capacitados, eles jogam as palavras no tradutor? Ou sera que os caras la dento so sao fluentes em ingles e esqueceram do portugues?
“Fotos de eu”, essa foi a boa do mes! Aqui vai o meu protesto entao, junto com um pedido de emprego: “Me contratem e erros como este jamais ocorrerao novamente!!”