Essa
crônica é uma homenagem a tudo que é imperfeito, meio torto, meio mal acabado,
meio errado, meio feio. É pra falar da verdade da vida, a verdade que todos
fingem não viver, mas vivem.
Em dias em
que todos querem empregos perfeitos, relacionamentos perfeitos, casas
perfeitas, recheadas de corpos perfeitos, que compõem a família mais-que-feliz.
Em dias em que, muitos, fingem ser o que não são e ostentam aquilo que não tem,
deixo o meu relato de amante incondicional daqueles que assumem suas
imperfeições e gostam delas. Nada mais irritante do que alguém que não admite
ter fraquezas ou simplesmente um cabelo “ruim”. Afinal, o imperfeito pode sim ser atraente aos
olhos de quem vê. A imperfeição é tolerável, faz parte da vida. Não existe nada
perfeito, até meu Iphone veio com defeito e, cá entre nós, ele também trava.
Uma
cicatriz pode ser sexy. Um cabelo “ruim” pode ser estiloso. Um defeito grave
pode nos motivar a sermos melhores. Um erro em uma tatuagem, pode torna-la
única, as vezes engraçada. Um relacionamento com problemas pode nos manter mais
juntos, mais fortes. Um amor não correspondido pode nos fazer crescer. E muitos
vão pensar: “qual a parte boa das ‘gordurinhas localizadas’?”. Ora, tem quem
goste.
Não estou
dizendo que temos que aceitar todas as coisas imperfeitas e nos acomodar na
ideia de que elas nunca mudarão. Fato é que nunca, de verdade, seremos
perfeitos, mas isso não nos impede de sermos melhores em nossas imperfeições.
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