quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ôde a imperfeição


Essa crônica é uma homenagem a tudo que é imperfeito, meio torto, meio mal acabado, meio errado, meio feio. É pra falar da verdade da vida, a verdade que todos fingem não viver, mas vivem.
Em dias em que todos querem empregos perfeitos, relacionamentos perfeitos, casas perfeitas, recheadas de corpos perfeitos, que compõem a família mais-que-feliz. Em dias em que, muitos, fingem ser o que não são e ostentam aquilo que não tem, deixo o meu relato de amante incondicional daqueles que assumem suas imperfeições e gostam delas. Nada mais irritante do que alguém que não admite ter fraquezas ou simplesmente um cabelo “ruim”.  Afinal, o imperfeito pode sim ser atraente aos olhos de quem vê. A imperfeição é tolerável, faz parte da vida. Não existe nada perfeito, até meu Iphone veio com defeito e, cá entre nós, ele também trava.
Uma cicatriz pode ser sexy. Um cabelo “ruim” pode ser estiloso. Um defeito grave pode nos motivar a sermos melhores. Um erro em uma tatuagem, pode torna-la única, as vezes engraçada. Um relacionamento com problemas pode nos manter mais juntos, mais fortes. Um amor não correspondido pode nos fazer crescer. E muitos vão pensar: “qual a parte boa das ‘gordurinhas localizadas’?”. Ora, tem quem goste.
Não estou dizendo que temos que aceitar todas as coisas imperfeitas e nos acomodar na ideia de que elas nunca mudarão. Fato é que nunca, de verdade, seremos perfeitos, mas isso não nos impede de sermos melhores em nossas imperfeições.

Nenhum comentário: