quinta-feira, 15 de maio de 2008

Liberdade e Saudade

Nossa liberdade está em nós.
Está ali, estampada na cama, em meio ao lençóis.
No espaço vazio, no vão que nossos corpos criam na cama. A nossa união, é a nossa comunhão com o espaço de cada um. É tanta liberdade (proporcional e na medida) que até na hora do sono, conseguimos ter o nosso espaço. Nosso território, nesse caso, demarcado pelos lençóis, não nos afastam.
Agora, será tanta liberdade, que me faltará algo. Já me faltam seus pés e pernas me prendendo sem querer - querendo. Sua voz, me subindo pela nuca, na beirinha do ouvido dizendo 'boa noite amor, promete que não me larga nunca?', do ciúmes bobos dos decotes, das detestaveis mordidas doídas e das nutelas em pote.
Sobram saudades. Sobra a vontade de estar junto pela eternidade. Grudados, amarrados, abraçados, embolados no lençol. Só a saudade, de poder dormir separado uma noite, por opção. Já que essa será minha condição por algum tempo, me contento em saber que depois terei todo o tempo do mundo para estar ao seu lado, deitada no seu peito, ouvindo o seu coração bater fundo por mim.
Sempre para sempre, que seja assim até o fim.

2 comentários:

Marina Zimmaro disse...

Linda, a saudade é chata. Dói. Fere e faz até chorar.

Mas, lembre-se...

Você tem algo bom pelo que sentir saudades...

Isso é tudo!



Muitas saudades...
De algo muito bom...

Você.


Te amo!

Anônimo disse...

Nossa, tô adorando os posts.
Profundos, bem escritos. Lindos, lindos, lidos. Parabéns.