sábado, 12 de julho de 2008

Chicago



A vida nao para. Mesmo, e principalmente, do lado de cima do mapa. Tenho me deparado com coisas maravilhosas pelo caminho.
Chigado e’ lindo. Ponto. Nao sei porque tenho essa fixacao por cidades grandes, mas tenho. Fico anestesiada, tamanha a minha fixacao. A cidade e’ perfeita, encantadora, onirica. De noite, com as luzes todas acesas, me deu vontade de voar.
Nao posso negar que senti saudades da minha Sao Paulo. Da loucura do dia-a-dia de “ecstasy”. Do stress, do calor-com-frio, das garoas e dias cinzas, do ventilador de teto e da necessidade de um ar-condicionado no carro – por causa da violencia, ou do calor mesmo.
Chigago e’ bem parecida com Sao Paulo. Sao grandiosas, sao lindas, sao metropoles. Chicago e’ mais limpa e mais moderna. Mas tem o sonho de ter mar, e como nao tem, Deus emprestou um grande lago. Parece o mar, voce nao ve o fim, mas e’ doce. Os barco-a-velas sao um charme. A agua azul do mar-lago assusta, de tao linda. E’ como um sonho, mas e’ realidade. E a minha realidade, doce como o lago.
Na cidade do vento, senti meu nariz esfriar numa brisa fria, e meu coracao se aquecer numa tarde quente, ao mesmo tempo. Saboriei o som do vento, o azul do ceu refletir no lago, as estruturas, as esculturas. Ganhei 3 bolhas no pe’, mas mesmo assim, nao parei de sorrir e de andar.
Um dia, da janela do hotel, parei para ver o rio. E, depois de alguns minutos percebi mais que isso. Um pouco mais a baixo, ainda atraves do vidro, encherguei uma aranha trabalhando em sua teia, as 9 da manha de um Domingo, sob o som ensudercedor do carro dos bombeiros, enrolando mais uma de suas presas em sua teia, no 28 andar do predio. Tudo de maravilhoso que eu vi, ficou pequeno perto da pequena aranha. Nada foi tao significativo. A pequena aranha, em sua pequena teia, naquele grande predio, na gigantesca cidade. Foi simples, foi lindo. Uma aranha, uma teia, um arranha ceu e Chicago ao fundo.

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